TAVEIRO
Em termos de atracões turísticas, a freguesia apresenta um vasto património arquitectónico, do qual se destaca a Igreja da paróquia, dedicada a são Lourenço, construída no séc. XVII. De destacar ainda a Capela de Nossa Senhora da Piedade, uma edificação moderna com um lindíssimo recorte de porta setecentista. Também a Capela de São Sebastião merece um especial destaque com um bonito cruzeiro mesmo a seu lado.

Em termos de arquitectura senhorial, temos a casa dos Marqueses de Reiz, bastante destruída por um incêndio, tendo mesmo assim o portão do pátio de entrada, do Séc XVIII, sobre o entablamento e entre os enrolamentos do frontão irrompido o escudo e as armas.

De destacar ainda a rica gastronomia da nossa terra, assim como o artesanato e as nossas festa e tradições.

AMEAL
Ameal é uma das mais antigas freguesias de Coimbra, cujo povoamento remonta à primeira reconquista do território. Englobando os lugares de Ameal, Vila Pouca do Campo e Quinta das Cunhas, a freguesia de Ameal ocupa uma área de 1.125 ha e dista cerca de 10 km da sede concelhia.

Inserindo-se no espaço de um vale, próximo da margem esquerda do rio Mondego, a freguesia de Ameal tem uma longa sendo é detentora de um património de inegável interesse histórico, cultural e artístico. Exemplo disso é o Palácio dos Condes de Ameal, o qual juntamente com “…a igreja paroquial, dedicada a S. Justo, é um dos maiores vultos patrimoniais da freguesia de Ameal. A maior parte da obra é da primeira metade do século XVI, como se percebe pela porta e arco cruzeiro. No século seguinte, foi-lhe acrescentada uma porta lateral, e no século XIX, por estar em ruínas, sofreu modificações. Assim, a frontaria só conserva de origem a porta manuelina. (…) O retábulo principal da igreja e os colaterais são do século XVIII. Dourados e policromados, representam respectivamente a Virgem com o Menino e S. José, a Senhora da Conceição e um Crucifixo de pedra, renascentista” (Dicionário Enciclopédico das Freguesias, vol. II).

Inserindo-se no espaço de um vale, próximo da margem esquerda do rio Mondego, a freguesia de Ameal tem, como outras referências de interesse turístico, o Monte da Senhora da Alegria, o seu artesanato de cestaria em vime, para além das festas e romarias de cariz popular e religioso.

ARZILA
século XVIII); a Ponte do Paço, que divide o concelho de Coimbra do de Montemor-o-Velho e que a crendice popular atribui aos mouros, a placa identificativa em azulejos colocada á entrada da Freguesia, e ainda a Reserva Natural do Paul de Arzila.

Relativamente a Igreja Paroquial é de referir que a sua fachada data de 1865 e que, no arco do cruzeiro, se encontra a data de 1672, que deve corresponder a grande reforma. Só o retábulo de 1672, que deve corresponder a grande reforma. Só o retábulo principal deste arco tem interesse. Pertence aos fins do século XVII, sendo constituído por dois pares de colunas torcidas e arcos com parras.

Há uma grande escultura de pedra da Virgem com o Menino, a “Senhora da Natividade”, característica da Renascença, do século XVI, e que se pensa ter sido feita na escola de João de Ruão. Esta recentemente colocada num dos nichos, pois estava abandonada numa das partes traseiras da Igreja.

Entre as pratas, existe uma “custódia”, cálice do século XVII; campanhas com ornatos simples, cruz processional de braços cilíndricos e cisco do fim do século XVII.

Anualmente Arzila revive tempos idos, com a feira medieval, organizada pela Associação de Música Popular e Medieval Fonte da Pipa. Quem entra logo escuta o burburinho e bulício próprios das feiras dos tempos medievais, com o som da gaita de foles, a azáfama, os pregões, as cores da Idade Média e o encontro privilegiado de nobres, clérigos, camponeses e artesãos. Nas bancas espalhadas pelo espaço, os visitantes podiam observar os artesãos de outros tempos a trabalhar em madeira, a vender sapataria medieval ou provar os sabores de há séculos, como a perna de porco no espeto ou sopa da pedra. Passeando até ao Largo da Igreja, iam surgindo muitas e variadas bancas, de produtos da terra, de doces conventuais, de produtos de alquimia, pedras semi-preciosas e outros utensílios característicos da época medieval. No largo, as danças nobres animavam o recinto. Mas havia também outras preciosidades “nascidas” das mãos das “aias de companhia”, das “rainhas” e “princesas” de Arzila: pastéis e queijadas de Tentúgal, broa de milho, bolos doces, pão-de-ló, as marmeladas e compotas. O certame começa logo pela manhã com cortejo de crianças, ao qual se seguiu um almoço medieval. A leitura da carta foral, e a recriação de uma venda de escravos são também um atractivo deste evento.

Também para os todos os amantes de Folclore, realiza-se anualmente um Festival Nacional de Folclore em Arzila. A recepção aos Grupos é feita na Junta de Freguesia de Arzila, onde se oferece uma noite cultural com usos e costumes das várias regiões que nos visitam, onde reina a alegria proporcionada por todos os ranchos dos vários pontos do país.

O paúl de Arzila é um cartão de visita desta Freguesia, com um comprimento aproximado de 3 quilómetros e uma área de 160 hectares, alongando-se a Sul pelo Vale dos Moinhos, até junto da pequena povoação conhecida pelo nome de Casal das Figueiras, é limitado a Norte pela estrada nacional 341.

O Paul deve o seu nome a povoação de Arzila que está situada no monte sobranceiro ao seu topo, na margem direita. Após dez anos de exploração, palestras, exposições de toda a ordem junto das autarquias locais e membros do governo responsáveis, incluindo o Presidente da Republica, o Paul de Arzila foi finalmente considerado “Reserva Natural”, pelo Decreto-Lei nº 219/88 de 27 de Junho e “Reserva Europeia Biogenética”, pelo Comité de Pentos de zonas protegidas do Conselho da Europa em 1990.
Todavia, como escrever Nelson Correia Borges em Coimbra Região, “por estranho que pareça, o Paul de Arzila e hoje mais conhecido a nível internacional que em Portugal, tento Mamíferos, o «Diploma Honorário»” .

Sob o ponto de vista etnográfico, este espaço húmido teve um papel importante na vida da população local.

Fortemente influenciando pela ligação em seu Paul, as gentes de Arzila apresentam características próprias no artesanato, na pesca e até na gastronomia.

LOCAIS A VISITAR

• Igreja Paroquial de Taveiro
A igreja da paróquia, dedicada a S. Lourenço, (que foi diácono – tesoureiro do Vaticano, pelo que hoje ostentamos no nosso Brasão, três moedas de ouro), foi construída no século XVII, embora tenha sofrido obras de remodelação na centúria seguinte.

Templo vasto, com capela-mor e duas colaterais. A porta principal tem cornija recortada e é de traçado regular. Deve ter existido na frontaria, antigamente, um óculo rectangular e de ângulos arredondados, do qual se conserva ainda uma parte, que serve como verga.

No interior, algumas pinturas sagradas setecentistas, retábulos da mesma época e um escudo esquartelado dos Figueiredos, Cunhas e Melos. As pinturas a que nos referimos foram atribuídas, por alguns autores, ao Mestre André Gonçalves, embora os mais fiáveis especialistas não o refiram.

• Igreja Paroquial de Ameal
É um dos maiores vultos patrimoniais da freguesia de Ameal. A maior parte da obra é da primeira metade do século XVI, como se percebe pela porta e arco cruzeiro. No século seguinte, foi-lhe acrescentada uma porta lateral, e no século XIX, por estar em ruínas, sofreu muitas modificações.

Assim, a frontaria só conserva de origem a porta manuelina. A própria torre sineira não o é, tendo sido erguida apenas no século passado. O retábulo principal da igreja e os colaterais são do século XVIII. Dourados e policromados, representam respectivamente a Virgem com o Menino e S. José, a Senhora da Conceição e um Crucifixo de pedra, renascentista. As várias capelas do templo são assim descritas pelo “Inventário Artístico de Portugal”: “A primeira capela foi do Sacramento. Portal de composição sobreposta, pilastras com pendurados em baixo, colunas na altura do arco, bustos dos Santos Pedro e Paulo nos medalhões, obra datada de 1627, secundária.

Tecto de cantaria, em cúpula de caixotes. Retábulo de madeira, policromado, da segunda metade do século XVIII, corrente. A segunda capela tem entrada do mesmo esquema da anterior, mais simples e obra mais dura, decorada de almofadados, dos meados do século XVII.

• Igreja Paroquial de Arzila
A Igreja Paroquial é de referir que a sua fachada data de 1865 e que, no arco do cruzeiro, se encontra a data de 1672, que deve corresponder a grande reforma. Só o retábulo de 1672, que deve corresponder a grande reforma. Só o retábulo principal deste arco tem interesse. Pertence aos fins do século XVII, sendo constituído por dois pares de colunas torcidas e arcos com parras.

Há uma grande escultura de pedra da Virgem com o Menino, a “Senhora da Natividade”, característica da Renascença, do século XVI, e que se pensa ter sido feita na escola de João de Ruão. Esta recentemente colocada num dos nichos, pois estava abandonada numa das partes traseiras da Igreja.

Entre as pratas, existe uma “custódia”, cálice do século XVII; campanhas com orratos simples, cruz processional de braços cilíndricos e cisco do fim do século XVII.

• Capela de Nossa Senhora da Alegria
Data de princípios do século XIII e localiza-se num monte sobranceiro à povoação, de onde se desfruta um panorama surpreendente.

• Capela de Nossa Senhora da Piedade
A Capela de Nossa Senhora da Piedade é modernizada e destaca-se sobretudo pelo recorte setecentista da porta.

• Capela de Santo António do Vale
Situa-se no Palácio dos Senhores Condes do Ameal e é toda revestida de azulejos do século XVIII, onde se reproduzem em painéis os milagres da vida de Santo António. Tem um altar cuja talha é dourada, de 9 metros.

• Capela de Vila Pouca

• Capela do Mártir de São Sebastião
A Capela do Mártir de São Sebastião, pequena e singela, é obra rural do século XVI. Tem no interior um retábulo do século XVIII, de duas colunas. Em frente à Capela, um cruzeiro, que de antigo conserva apenas a base trapezoidal.

• Ponte do Paço
Ponte do Paço, que divide o concelho de Coimbra do de Montemor-o-Velho e que a crendice popular atribui aos mouros, a placa identificativa em azulejos colocada á entrada da Freguesia. Á Ponte do Paço está associado um pequeno grupo de mesas e bancos e onde é possível observar os pequenos guarda-rios (Alcedo atthis) com a sua plumagem de um brilhante azul eléctrico.

• Paul de Arzila
A Reserva Natural do Paul de Arzila localiza-se 11 km a Oeste de Coimbra, na margem esquerda do Rio Mondego, e abrange uma área de 535 hectares, que se distribuem por três concelhos (Coimbra, Condeixa-a-Nova e Montemor-o-Velho). Esta zona húmida deve, no entanto, o seu nome à freguesia de Arzila, do concelho de Coimbra. Insere-se no vale da ribeira de Cernache, na sua confluência com o Mondego.

Com uma orientação de NNO e SSE, um comprimento de 4,5 km e uma largura máxima de 2,5 km, o Paul é atravessado por três valas: a Vala da Costa, a Oeste; a Vala dos Moinhos, a Este, que recebem as águas das escorrências das encostas; a Vala do Meio, que atravessa a parte central e que escoa as águas das exsurgências, localmente designadas por “olheiros”.
É um dos mais importantes pauis de Portugal, a prová-lo estão os diversos estatutos de protecção atribuídos a nível nacional e internacional, sendo uma Reserva Biogenética e integrando a Rede Natura 2000.

A visita à Reserva pode ser iniciada no Centro de Interpretação, onde os visitantes podem tomar contacto com diversas exposições temáticas e adquirir alguma informação escrita. Da varanda do Centro é possível fazer uma leitura quase completa do paul e, simultaneamente, durante a Primavera e início do Verão, observar o voo da garça-vermelha (Ardea purpurea), usada, pelo seu estatuto de ameaça, como símbolo desta Reserva Natural. Saindo da sede, voltando à direita e descendo em direcção ao paul, encontramos a meio da descida uma indicação que nos leva ao caminho do observatório.

Deixando o observatório e continuando a descida, os visitantes encontram uma ponte conhecida como Ponte do Paço, à qual está associado um pequeno grupo de mesas e bancos e onde é possível observar os pequenos guarda-rios (Alcedo atthis) com a sua plumagem de um brilhante azul eléctrico. Chegados a esta zona, é agora possível acompanhar a Vala dos Moinhos e passear nas margens do Paul, contemplando a bonita galeria ripícola, da qual sobressaem imponentes exemplares de salgueiros (Salix spp.). Simultaneamente, e nas margens da vala, é possível observar durante a Primavera e Verão a diversidade de espécies de borboletas e o fervilhar contínuo das libélulas.

A Reserva tem um Percurso de Descoberta da Natureza, e possui parques de merendas de apoio ao visitante.

PRATOS TIPICOS
A gastronomia da Terra é bastante rica e diversificada, com a particularidade, sempre importante, de utilizar na sua confecção, os vários produtos da sua economia local.

A forte influência etnográfica do e das proximidades do rio Mondego tiveram uma acção marcante na alimentação da população desta terra. Os Roubacos, as Enguias e as Peixudos eram a base da alimentação duma população em que a escassez de outros recursos levava a deitar mão ao que a natureza oferecia. Fritos, de Ensopado ou de Caldeirada, serviam de base alimentar as famílias locais.

•carnes de cabra (a conhecida chanfana)
•sopa à lavrador
•Bacalhau à lavrador
•Sopa de feijão com legumes

DOCES REGIONAIS
•Arroz Doce

ARTESANATO
O artesanato é fortemente condicionado pelo paul de Arzila onde era obtida a matéria-prima para as esteiras – bunho e função. A matéria-prima era cortada durante os meses de Verão. Embora as esteiras, fossem feitas durante todo o ano era sobretudo no Inverno, quando o trabalho agrícola escasseava, que principalmente as mulheres, se dedicavam a manufactura destas, para a obtenção deste suplemento financeiro.
Embora em menor abundância, também o vime ou o salgueiro branco, também designado por salgueirinha, servia para a confecção de outras formas artesanais, como os cestos e poceiro mas também a rabuda, um instrumento característico do Baixo Mondego que servia para a pesca ao calção.

MEDICINA POPULAR
O recurso à medicina era escasso, dadas as dificuldades de acesso e os parcos recursos financeiros, de forma que havia sempre, nas aldeias, uma mulher em que o saber acumulado, adquirindo de forma empírica e transmitido de pais para filhos, resolva alguns problemas de saúde.

Quando os filhos se encontravam doentes, a mãe recorria a essa mulher para ver se o seu menino tinha bucho virado.

Mas, se o mal e a dor de cabeça eram por vezes atribuídos a “mau olhado” e a “mal de inveja”, curavam o quebranto para o mal sair. Também surgem por vezes doenças como a “zona”, a que o povo chamava “cobrão”, e para o qual se recorria a técnicas tradicionais.

Não só a cura destes males, também o desaparecimento de objectivos era motivo para fazer o responso, recorrendo a curandeiras, que imploravam o aparecimento do objecto perdido, rezando:
Santo António Gordiosos
Amigo de Jesus Cristo
Confessor de São Francisco
Em Lisboa foste nado
Entre as tábuas enterrado
Não morra a mulher de parto
Nem menino abafado
Em honra de Santo António coroado
Finda a oração, terminava-se com um Pai-nosso, uma Ave-maria e uma Gloria.

Graças ao esforço colectivo, quer das diversas colectividades quer de todos os habitantes, são muitas as tradições, típicas de diversas alturas do ano, que se relembram e que continuam a passar de geração em geração.